Depois que invetaram a pós-modernidade as pessoas passaram a ser pós alguma coisa, mas deixaram de ser alguma coisa. Hoje todos são pós, a negação, o passo seguinte de alguma coisa, mas ninguém se define como alguma coisa, ninguém é nada. Ando encontrando até pessoas ditas ‘pós-contemporaneas’, (Agora, achar um contemporâneo está difícil!).
“É tempo de pós-amor”. Essas palavras de Marina Colasanti andaram martelando na minha cabeça. Como amar nesse tempo de pós-tudo, nestes tempos de pós-amor?
Assisto filmes de amor, ouço músicas de amor, leio romances de amor, participo de conversas de bar sobre o amor, procuro encontrar o amor por ai dando bola para mim e até escuto as pessoas reclamarem de não terem amor como se o amor fosse uma posse.
Mas todas as pessoas que procuram o amor ou que querem tê-lo dizem que ele está ultrapassado, que investir num flert de uma noite é besteira, que mandar flores é coisa do século retrazado - quiça , com sorte, do início do passado-, que convidar para ir ao cinema ou teatro é coisa de nerd loser (perdão, devo dizer geek, como dizem agora - ou até o último segundo), que esperar ansiosamente a campanhia ou o telefone tocar é besteira, que falar eu te amo é exageiro. Ando pensando que não sei se é o amor está ultrapassado ou se são as pessoas que passaram do amor e nem o notaram nesses tempos de pós-tudo.
Não gosto de ser pós- moderno, sou moderno; não gosto de ser pós-contemporâneo, sou comtemporâneo; não sou do pós- amor, sou do amor mesmo.
Bem, eu acho que as pessoas estão sim passando direto pelo amor.
ResponderExcluirElas passam direto por ele assim como passam direto por muitas outras coisas também.
...é... eu também sou do amor mesmo!
Sinto em dizer... mas acho que sou da era pós-tudo também... é que o fluxo em que a vida segue, é difícil brecar... Mas vou tentar voltar a ser anti-pós! =]
ResponderExcluirótimo texto, João... saudades de ti!
Beijooos!
assino em baixo..rs
ResponderExcluirabraço