Sou uma esfinge estranguladora. Causador de alguns nós nas gargantas. Simplesmente um ser inconveniente.
Sempre que me encanto por uma pessoa eu faço as pergunta mais monstruosas possíveis:
"Quem é você? Como você se define?".
Decifra-te ou te devoro.
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Hoje me devolveram a pergunta:
"Quem sou eu?Como eu me defino?"
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Feitiço virado contra o feiticeiro. Devorador devorado.
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Me senti como Medusa. Monstro obrigado a olhar dentro do próprio olho. Revoltei o espelho para mim mesmo e pasmei.
Me percebi mais que pedra, mais que montanha. Um vulcão. Tempestade e impeto prontos para irromper e explodir a qualquer instante.
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Percebi também que haviam tentado domar-me o vulcão.
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Percebi que haviam tentado, durante um longo tempo, construir em mim uma superfície estável. Queriam-me sem profundidade. Queriam eu sem o único buraco que existia em mim para esconder coisas que eu só queria ver de vez em quando. Queriam eu sem o buraco onde eu escondia coisas que não queria que ninguém achasse e que só eu sabia onde estavam.Queriam eu sem o que era mais eu mesmo.
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Um dia da caça outro do caçador.
Sempre há a queda da besta mitológica.
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Toda Quimera cai um dia.
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