quarta-feira, 13 de junho de 2012

Creio

Creio em Poetas Marginais,
contestadores tanto no céu, quanto na terra.
Em seus Únicos Poemas.
Concebidos pelo poder da Raiva,
nascem de Filhos da Puta,
padecem sob Index Prohibitorum,
são crucificados, às vezes rejeitados e sepultados,
lançados às traças,
ressuscitam um dia,
são publicados,
colocados à direita de Escritores Renomados,
onde são julgados, quiçá homenageados.
Creio no Espírito de Porco,
na Santa Religião da Contestação,
na Comunhão dos Contestadores,
na Publicação dos Renegados,
na Contemplação da Paródia,
na Burla Eterna.
Assim seja.

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